Depoimento: Final do Trabalho com a Paciente R. A. P.
Antes do trabalho de Reforma Íntima, eu estava sentindo uma tristeza enorme. Era um vazio no peito e uma solidão que eu não sabia de onde vinham e que persistiam, apesar dos meus trabalhos voluntários e de ter uma vida sem grandes problemas.
Quando participei do Colóquio “Entenda o Objetivo da Sua Encarnação” dirigido pela Carolina em Janeiro de 2013, me deu um estalo: “essa é a hora de mexer com isso”. Foi aí que eu comecei o meu trabalho com o Núcleo Revisão.
Não foi um trabalho fácil. Como a Carol mesmo dizia: “olhar para si e encarar as próprias melecas dói”. Foi difícil. Doeu. Mas a cada dia de dor e choro, fui sentindo que ia limpando tudo por dentro. Comecei a me sentir cada vez mais segura do que preciso para ser feliz e passei a me cobrar menos. Aprendi a pontuar meu ponto de vista para as outras pessoas e a deixar as coisas fluírem, esperando o tempo certo daquilo que antes eu tentava antecipar, sem sofrer com a espera.
Consegui assumir e fazer as coisas que desejo sem me cobrar pela opinião alheia: “o errado não existe, existe o que serve para mim e o que não serve para mim e desde que me faça bem sem prejudicar ao próximo, eu posso fazer tudo que meu coração pedir” – fortaleci comigo mesma esse antigo conceito.
Convenci-me de que a mudança de tudo que me incomoda depende de mim, da coragem de mexer na dor; mexer-me. Sei que o estágio que alcancei não é o fim. Pelo contrário, é o começo de uma eterna mudança na busca do meu amadurecimento espiritual. Sigo agora, lembrando sempre que nasci para ser feliz e isso não é difícil, já que Deus colocou a felicidade dentro de cada um de nós e só depende da gente encontrá-la e sermos gratos a Ele.
Isso é só o começo, porque quando mexemos em nós, as coisas se modificam e vamos aprendendo a lidar com elas no dia a dia, porque o fim não existe. Só existem as fases que temos que passar para chegar à plenitude: “O que somos é um presente de Deus, o que nos tornamos é o nosso presente para Ele”.
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